fbpx

Projeto 2017 Feliz!

Passa o tempo devagar

E não para de passar

Passa tudo, passa o tempo

Passa nada, passatempo

Quando estamos longe o tempo não passa

Meu pensamento ganha asas

Corre parado, passa calado

Ponteiros travados

E quando te vejo

O tempo corre com desejo

O importante é que para nós

O tempo não importava

Enquanto estávamos juntos

O tempo ousava

Brincava com a gente

Era um jogo carente

O tempo nunca importou

Só quando nos abandonou

Nos uniu e nos separou

O tempo nosso herói e nosso vilão

Não há tempo certo para a paixão

 

Pedro Marcelino

 

Podemos aplicar ao conceito de saúde emocional, o mesmo conceito médico:  dizemos que estamos saudáveis fisicamente quando nosso corpo não apresenta nenhum tipo de doença.  Saúde emocional também pode ser considerada como a ausência de uma doença mental como depressão, ansiedade, pânico, etc.

Mas não é só isso!  Saúde emocional também se refere à um estado de satisfação com sua vida, um equilíbrio conquistado por meio do controle de suas emoções.

Você controla suas emoções?

tristeza-alegria

Controle emocional - janeiro brancoComo pode saber isso?

Falamos em controle emocional quando a pessoa não apresenta sofrimento demasiado frente às questões cotidianas.

Nada na vida é fácil e nem conquistado sem esforços.  Alguns precisam se esforçar mais que outros, é verdade, mas cada pessoa tem as consequências dos comportamentos que apresenta, ou quase sempre é assim.  E isso significa exatamente que mesmo se nos esforçarmos muito, as vezes não teremos controle de tudo o que acontecerá em nossas vidas.

Controle emocional significa dizer que mesmo frente as dificuldades, ao sofrimentos, as dificuldades, ainda assim a pessoa não se paralisa, nem foge dos problemas deixando de aprender com eles.

Na vida o sofrimento é inevitável, então como saber quanto de sofrimento é o normal?

Caso você perceba que está deixando de fazer coisas que são importantes para você porque há dificuldades que você não tem conseguido enfrentar, isso é um sinal de que você não esta conseguindo atingir o equilíbrio emocional e que provavelmente precisa de ajuda da terapia para enfrentar com mais objetividade e assertividade seus problemas.

Aproveite o inicio do ano para pensar no que te incomoda, quais sentimentos você gostaria de deixar em 2016 e que outras sensações você quer experimentar em 2017?

A hora de mudança é agora!

Gostou da ideia? Então é só agendar sua primeira sessão para pensarmos juntos em quais metas você poderá conquistar nesse novo ano.

 

 

 

 

Antes de responder à questão gostaria de dar uma explicação: muitas vezes me perguntam se um sintoma físico pode ser psicológico... e ai eu sempre respondo com outra pergunta: Há algo em você que possamos dividir em somente psicológico e/ou físico?

Na verdade, somos uma coisa só! Isso inclui fatores psicológicos e fatores físicos e os dois se influenciam mutuamente e se complementam - significa dizer que temos questões psicológicas e físicas ao mesmo tempo  e em tudo o que fazemos.

Quando nos sentimos fisicamente dispostos, com energia, sem dores, sem incômodos físicos, a probabilidade de estarmos num estado que chamamos de bom humor é altíssima.  Agora, se temos diversos incômodos físicos, dores, fadiga, problemas de digestão, tonturas, etc etc etc, a probabilidade de estarmos de bom humor fica bem pequena.

O contrário também é verdadeiro: se nos sentimos felizes, realizados, completos, seguros, a probabilidade de sentirmos mal-estar no organismo é pequena.  Já se nos sentimos deprimidos, sem vontade de fazer nada, com medo, a probabilidade de termos sintomas físicos é muito alta.

Tudo isso nos dá então uma grande dica:  quer se manter emocionalmente controlado?

Então é preciso se manter fisicamente sadio.  Isso inclui uma boa alimentação, quantidade de horas de sono adequadas e também relaxamento físico.

Até aqui você pode me dizer:  claro que numa situação normal e de escolha eu posso optar por me manter equilibrado.  Porém e se estou doente, algo que não desejei, o que posso fazer?

Nada é simples, mas tudo é possível.

Se seu organismo está “sofrendo”, será necessário utilizarmos compensações psicológicas, ou seja, compensar o mal-estar físico por coisas que te tragam prazer.  Prazer que, de preferência, te faça esquecer, mesmo que por um instante o mal-estar físico sentido.

Vamos ao relato de J.:

Estou num tratamento para câncer no intestino e a quimio me traz muitos efeitos colaterais: dores, enjoos, cansaço, e além disso eu não tenho vontade de ver ninguém, não quero falar, fico irritada, depressiva, sinto raiva de tudo, fico descontrolada.

Infelizmente J. não podemos aliviar seus sintomas físicos (considerando que o médico já foi consultado e já prescreveu o que era possível).  Temos uma opção:  compreender que nossos sentimentos/pensamentos estão sob nosso controle e que podemos proporcionar condições para que eles sejam melhores.

Explicando melhor:

As vezes não temos nenhum controle sobre nossa condição física, mas sempre podemos controlar nossa reação a sentimentos e pensamentos.

Como?

Nos colocando em situações em que nossos comportamentos/sentimentos/pensamentos possam nos trazer consequências mais positivas.

Se você está perto de quem você ama, é mais provável que você se sinta feliz!  Então deve estar mais vezes na presença dessas pessoas.  Você terá que se descobrir, pois pela correria do dia a dia nem sabemos o que nos faz felizes.

O que faz você se sentir feliz?

O importante é buscar o que te deixem bem, para você se sentir mais confortável frente ao mal-estar físico.  Ah, claro que também vale lembrar que evitar situações que te estressam também é muito produtivo!

É nossa escolha compreender que o tratamento é doloroso, invasivo, mas é o caminho para melhorar nosso quadro clínico atual.  Revoltar-se, questionar, negar, não aderir ao tratamento não fará com que a doença melhore, ao contrário, pode fazer piorar.

Então o grande segredo para se manter equilibrado emocionalmente é saber que VOCÊ ESTÁ NO CONTROLE.

Ninguém disse que é fácil!  Muitas vezes é necessário procurar um profissional da psicologia para ajudar a encontrar o caminho mais curto e menos sofrido.

Mas é possível!  Basta olhar para os lados e perceber que há pessoas com dor, mas ainda assim sorrindo.  E que há pessoas que mesmo deprimidas, se esforçam para ir à academia e fazer meia hora de exercício físico.  Porque não podemos esquecer da lei da compensação: físico e emocional devem estar bem, pois um influencia o outro.

Qual será sua opção para 2017, que só está começando?

Natal é época de comemorações

é quando encontramos na agenda apertada

espacinhos para rever os amigos

e sempre prometemos que no ano seguinte nos veremos mais vezes

 

Natal é tempo de pensar em presentes

de estar presente com a família

de fazer comprinhas

de pensar em lembrancinhas

 

 

No Natal o que esperamos mesmo é se lembrados

lá no fundo esperamos receber um presente daqueles que consideramos importante em nossas vidas

esperamos um telefonema, uma mensagem no facebook, um recadinho no whatsapp

 

Mas você... tem lembrado dos amigos?

Há quanto tempo não dá sinal de vida?

 

Eu sei... envolvidos com a correria de final de ano

os dias correm , as horas voam, e quando se vê já é noite

 

Aproveite essa época propícia para retomar seus contatos

investir no que é importante para você:  família, relacionamento afetivo, filhos, amigos...

não deixe essa oportunidade passar

 

E quando estiver com os seus não economize abraços

distribua-os livre e apertadamente

 

E de repente você notará que seu Natal está completo

Você terá ali, a seu lado, o que há de mais precioso

você terá o amor!

 

É  o amor pelas pessoas, pelos nossos objetivos que nos move

Deixe que o amor te leve

e que faça desses pequenos momentos

motivos para grandes lembranças

 

FELIZ NATAL !!

 

 

Será que o amor acabou?
Será que o amor acabou? 5 Sinais para saber se você não ama mais.

Ahhh o amor... a paixão!

Você nunca tem dúvidas se você está apaixonado por alguém! É uma necessidade de estar perto a toda hora, um descontrole emocional quando se está junto, sentimentos incríveis quando se beija, um desejo sexual desvairado.

Aí vem a rotina, os anos juntos, o costume, as brigas, e você já não sabe se ama, ou simplesmente se mantém na relação por costume ou comodismo?  Será que o amor acabou?

Preste atenção nesses 5 sinais para saber se você não ama mais:

  1. Seus planos para futuro já não incluem o (a) parceiro (a) de forma tão clara?
  2. Quando tem um problema, uma necessidade, você não recorre mais a ele/ela para se aconselhar ou compartilhar?
  3. Cúmplice, aliado (a), conivente não são mais adjetivos que classifiquem seu/sua parceiro (a)?
  4. Você tem percebido que ter uma relação afetiva está te privando de alguns compromissos?
  5. Você tem se esforçado para ser agradável ou tem sentido falta de estar sendo correspondido (a) em suas expectativas afetivas e sexuais?

Caso as respostas às questões sejam positivas, é um indício muito grande de que o amor acabou, ou seja, o relacionamento que vocês possuem não é mais uma relação com base no amor.

Porém é importante pensar: por qual motivo você ainda se mantém nessa relação?

Medo de ficar sozinho (a); costume em ter a pessoa que já é conhecida por perto; dependência da pessoa para a realização das atividades de rotina; culpa por ter cometido algum “deslize” na relação – como traição por exemplo; medo da reação dos filhos ou da família; todos esses motivos são muito frequentes nas famílias atuais.

Em todos esses casos o amor acabou mas foi substituído por outros tantos sentimentos.  Sentimentos esses que não trazem a principal consequência do amor: a satisfação com o outro, a compreensão, a tolerância.

A pergunta que lhe faço é: está valendo a pena sustentar uma relação onde o amor já não é o principal?

O câncer de próstata é um tipo de câncer que atinge uma glândula (próstata) do tamanho de uma noz na região abaixo da bexiga e que só os homens têm.  É um dos tipos de câncer mais comuns em homens e ainda causa muitas mortes principalmente pelo diagnostico tardio, e sabe por que?  Porque os homens não fazem exames de rotina por puro preconceito!

As mulheres já estão habituadas a suas consultas anuais no ginecologista e esse muitas vezes é o primeiro a diagnosticar patologias e encaminhar a paciente para os médicos especialistas.  Porém o homem só vai ao médico quando está muito doente, ou então quando sofre pressão da esposa e filhos, ou por alguma norma da empresa que o obrigue a fazer exames regulares.  Com este comportamento, os homens não descobrem suas doenças e acabam morrendo vítimas patologias que, se descobertas no início, teriam grande chance de cura, como é o caso do câncer de próstata.

Por qual motivo os homens não vão ao médico?

A primeira resposta é muito simples:  porque eles não estão sentindo nada!  Entretanto o câncer de próstata muitas vezes não apresenta sintomas.

Outra explicação é cultural, ou seja, os conhecimentos passados por gerações que colocam o homem como um “super homem”.

Isso significa que para a grande maioria dos homens – e mulheres – homem chorar, demonstra fragilidade e sua masculinidade é questionada.  E ter a masculinidade questionada para o homem é um ponto extremamente angustiante.

A cultura também induz o sentimento de que o homem é o responsável pela manutenção e sustento de sua família.  Esse conceito gera uma condição de ansiedade e medo de deixar seus amados desamparados.

Quando falamos em doença fica muito claro para os homens que, em sendo diagnosticado, estarão mostrando suas fraquezas, principalmente nos casos em que a doença pode debilitá-lo e fazê-lo dependente das pessoas.  E pior, pois o câncer de próstata está relacionado diretamente aos seus temores sobre a impotência – a maior prova do quanto “machão” ele é.

E todo esse temor não é característica de apenas um ou dois homens, mas da grande maioria porque simplesmente aprendemos isso ao longo dos anos.

Com a revolução das informações e possibilidade das discussões de ideias no mundo globalizado, há muitas mudanças em relação ao preconceito, mas de forma geral, nossa sociedade ainda está preza à necessidade de categorizar as pessoas, entre homens machos e homens afeminados por exemplo.  Em função ainda de muito preconceito há discriminações em relação a opção política e religiosa, o que diremos então sobre os preconceitos em relação a orientação sexual!?

Nosso alerta maior é para você que, quando questionado sobre preconceito responde:  não, eu não tenho preconceito, eu respeito e até tenho um casal de amigos gay!  Porém o problema são aqueles pensamentos e conceitos arraigados, que estão guardados lá no fundo da cachola e que você não revela à ninguém:  “imagina… eu ficar de quatro para fazer um exame… nunca!  Isso não é coisa pra macho!”

O preconceito e suas consequências

Aí vem outro problema:  somos preconceituosos e não assumimos!  E nesse caso, o homem passa a correr o risco de ter uma doença qualquer e descobrir tarde demais para um tratamento.

Muitas vezes por desconhecimento de que há exames de sangue (PSA) que podem preceder o tão temido exame de toque, o homem foge temeroso do urologista.  E que o exame de toque não dura mais do que segundos, mas que talvez 30 segundos de desconforto sejam mais toleráveis do que tratamentos invasivos e sofrimento no futuro.

Portanto fica nosso alerta: prevenir é sempre o melhor remédio.

E sobre os medos de descobrir que pode estar doente?  De pensar que é o responsável pelo sustento da família e que não pode fraquejar?  Mais uma vez a regra se faz presente: o quanto antes descobrir, mais chance de cura existe.

Mas caso você já tenha recebido o diagnóstico positivo para o câncer de próstata, vale a pena repensar também sobre seu preconceito em relação à masculinidade e o quanto isso influenciará sua decisão quanto aos melhores tratamentos.

Busque informações com seu médico e equipe de cuidados, avalie as possibilidades e saiba que sexo é sim importante, mas que existem outras maneiras de torná-lo viável por meio de próteses por exemplo, se o seu medo for a perda da capacidade de ereção.

Só fica um lembrete:  para nós mulheres, mais importante que sua capacidade de ereção, é sua habilidade de nos amar, nos dar suporte emocional, nos ajudar a educar nossos filhos, e nos fazer feliz!  Com ou sem prótese, antes do sexo a mulher precisa de carinho, e essa habilidade, doença nenhuma consegue tirar de você.

Então, cuide-se!  Para estar presente por muitos momentos em nossas vidas!

Um dos maiores temores das mulheres que descobrem um Câncer de Mama, além do medo da morte, é a grande influência que esse diagnóstico tem em sua autoestima.  O medo de perder a mama e a queda dos cabelos são itens muito abordados por essas pacientes.  E você sabe por que?

Porque tudo o que aprendemos sobre nós mesmos está relacionado a nossa imagem, e qualquer possibilidade de ameaça ao que conhecemos sobre nós, nos deixa muito ansiosos.  Isso ocorre tanto para o homem quanto para a mulher, mas a cultura de cabelos longos, corpo esguio, seios protuberantes, pernas longas, corpo magro, etc etc torna a vida das mulheres uma grande batalha.  E imagina o que causa na cabeça de uma mulher quando se diz que uma doença pode causar prejuízos a essa imagem???

Agora, independente do diagnóstico, mulheres de todos os tipos, classes sociais, tipos de pele ou cabelo, copos, em sua grande maioria, tentam se encaixar nos padrões de beleza determinados pela sociedade.  Porque o que é dito pelo social é que somente a mulher que pertencer àqueles padrões da moda será uma pessoa bem-sucedida, admirada pela sociedade, e por consequência uma mulher feliz.

A autoestima como padrão imposto pela sociedade.

E você, já parou para pensar em como tem tentado se enquadrar nessas categorias?  Inclusive muito antes do diagnóstico de câncer de mama?  Pois são esses esforços que vão ditar como está sua autoestima.

Porque autoestima significa amor próprio, estimar a si mesma, e a depender de quando você deixa seu amor próprio ser ditado por essas regras sociais, é que você se sentira mais ou menos impactada pelos efeitos da queda de cabelos, ou de uma mudança no seu corpo advindas do tratamento para o câncer.

Mas aí você pode me questionar:  então o que faço?  Simplesmente esqueço o que as pessoas dizem e me visto como quero, deixo meu cabelo sem arrumar, não me importo com meu peso?

Calma!  Em primeiro lugar precisamos diferenciar duas coisas: uma coisa é fazer algo para se sentir bem com você; e outra coisa é ter que fazer algo para agradar “a sociedade”.  Eu te responderia: faça o que te faz feliz!  Mude o quanto quiser até se sentir bem com você mesma, mas não caia na cilada de se preocupar com o que os outros vão pensar se você preferir cortar o cabelo quando eles começarem a cair… ou se você optar por usar lenços em vez de perucas.

Tudo o que você fizer deve estar relacionado a se sentir feliz com você mesma.  É obvio que se você gosta muito do seu cabelo comprido, ficará triste em ter que cortá-lo, mas é preciso lembrar que é uma fase, e que seu cabelo crescerá.  E então enfrentar essa fase com otimismo e se utilizar de alternativas para se sentir bem e bonita.

Para isso a indústria de cosméticos, moda e acessórios tem nos ajudado muito!  Batons, cílios postiços, lenços, perucas, maquiagem, chapéus, sutiãs com preenchimento ou espaço para alocação de próteses… use tudo o que for possível, lembrando sempre de que sempre é bom consultar seu médico sobre as necessidades específicas de seu caso, verificar o tipo de produto adequado a sua pele, usar sempre protetor solar, e higienizar tudo para evitar contaminações.

O que realmente faz diferença.

Mas acima de tudo é importante entender que o que vale mesmo é como você se sente em relação a você mesma.  O quanto de diferença você sabe que faz na vida das pessoas – a estética é apenas um acessório do que você traz dentro de si, do seu amor próprio.

Não é raro pacientes descobrirem que podem se amar mais, podem se cuidar mais, seja no aspecto de estética, seja nos cuidados com alimentação, exercícios físicos, escolha de roupas e cores mais adequadas para seu corpo.  E só descobrem isso depois do diagnóstico.  É controverso, mas é tão bom pensar que há muito o que fazer para se sentir bem.

Pode ser uma oportunidade de grandes descobertas: e a principal é que você é muito mais do que uma classificação.  Ter ou não ter cabelo, com prótese mamária, cílios postiços, ou simplesmente não usar esses acessórios e mesmo assim se sentir bem.  Você é uma pessoa que está lutando pela vida, mas não queremos que seja só para sobreviver ao câncer, mas sim para SER FELIZ apesar do câncer.

E isso é possível… olhe para os lados, veja como tantas mulheres conseguiram superar essas mesmas dificuldades.  Você também consegue.  Se estiver difícil, busque auxílio de um psicólogo, um grupo de apoio, e tudo se tornará mais fácil – você não precisa trilhar esse caminho sozinha.  Mas é inevitável que você o trilhe!

E você pode escolher – prefere mais pedras ou mais flores?  Então é só lembrar o que precisa plantar.

Como aproveitar a vida mesmo tendo Mieloma Multiplo

De forma prática: você pode fazer tudo o que QUISER fazer.  Mas vamos discutir isso melhor… porque não é assim tão obvio, não é mesmo?

Assim como qualquer doença, o mieloma múltiplo age de forma diferente para cada pessoa, pois cada organismo é único e reage diferente às enfermidades e aos tratamentos propostos.

A diferença está na genética, na história clínica do paciente, nas comorbidades, condições ambientais… enfim, são muitos fatores que influenciarão desde o surgimento da doença, sua evolução, a recidiva ou remissão.

Cada paciente deve observar seus sintomas e respeitar seus limites, dentro das orientações médicas.   Muitos não sentem dores e levam uma vida normal, mesmo com múltiplas fraturas – há relatos de pacientes que fazem academia mesmo após fraturas… Há outros entretanto que sentem dores incapacitantes, mesmo sem fraturas por exemplo.

E a sensibilidade a dor também é algo muito particular de cada organismo.  Entretanto há um aspecto da DOR que pode ser afetado diretamente por nossa condição psicológica - vamos falar sobre isso.

Fundamental é compreender o motivo pelo qual estamos ou não nos comportando.

Muitas vezes usamos um mal estar como uma “desculpa” por na verdade não querermos ver ninguém, não querermos responder a questões sobre a doença, não nos sentirmos bem para enfrentar o mundo lá fora, ou mesmo porque estamos sem esperança por tudo o que ocorre, e não vemos muito sentido em prosseguir.  E aqui temos um belo exemplo de como nosso estado psicológico pode fazer com que nossa dor seja potencializada.

E você, como está agindo em relação a seus sintomas?

Alguns pacientes conseguem driblar suas dores e mantem um organismo saudável – por meio da alimentação adequada e exercícios físicos autorizados por seus médicos.  Outros sentem dores incapacitantes, mas em momentos em que se sentem melhor, não se deixam abater e buscar uma vida o mais próximo do que tinham antes do diagnóstico.  Há ainda os casos em que o próprio tratamento implica num afastamento social, mas com criatividade e as redes sociais disponíveis, pacientes se mantém ativos socialmente a até mesmo trabalhando…

Mas por que essa atitude positiva pode fazer diferença?  Se você está sentindo dores, com indisposição, cansaço, humor alterado, sem expectativas, com raiva, com medo e todos os outros sentimentos difíceis que acompanham a vida de quem tem Mieloma Múltiplo e enfrenta os longos tratamentos… por qual motivo deve se importar em querer fazer coisas?

Pelo simples motivo de que, quanto menos seu organismo se movimenta, mais atrofiados ficarão seus músculos, correto?  O mesmo princípio se aplica à nossa VONTADE de fazer coisas: quanto menos vontade de fazer coisas você tem, menos coisas você faz, e a vontade fica menor… isso vira um ciclo vicioso.

Como pará-lo?

Encontrar coisas que você goste de fazer e retomar sua vida aos poucos.  Não pode mais disputar uma maratona?  Ainda pode caminhar?  Então aproveite para curtir a mesma estrada… Esse é só um exemplo de que nem tudo que fazíamos antes de uma doença, talvez seja possível fazer exatamente do mesmo jeito.  Mas sempre é possível resgatar a mesma EMOÇÃO que tínhamos quando realizávamos as atividades preferidas.

E podemos resgatar a emoção por meio de atividades que realizamos – vamos lá… com criatividade conseguimos adaptar muitas coisas, descobrir novos caminhos e formas de realizar o que desejamos.  Podemos assistir a filmes, ler livros, conversar e compartilhar com as pessoas que amamos…

Fundamental é sabermos que se não agirmos, fatalmente seremos invadidos por aqueles sentimentos pessimistas descritos anteriormente.

Faça um novo ciclo, resgate emoções positivas!

Se precisar de auxilio, busque ajuda de um profissional da psicologia, mas não deixe de tentar ver a vida com outros olhos, pois ela está aí, todinha para ser vivida.  E quem decide sobre isso é somente VOCÊ!

viver-vale-a-pena-940x675

A vida seguia normalmente –  do trabalho para casa, de casa para o trabalho, família, amigos, pouco tempo para curtir os prazeres, muito stress, cansaço, algumas dores… até que chegou o diagnóstico do câncer e parece que tudo na vida parou.   Foi um choque!  O filme da vida passando em segundos na cabeça, os medos, a tristeza de não poder mais curtir com a família os sábados de sol, a vazio de pensar que não poderia mais acompanhar os filhos com a lição de casa, o sofrimento em pensar que não estaria mais ao lado da pessoa amada e… vamos parar um pouquinho esse filme para uma pergunta:

VOCÊ REALMENTE APROVEITAVA SUA VIDA ANTES DE TER O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER?

Realmente curtia os sábados de sol, ligava para os pais ou parentes para visita-los, entrava nas brincadeiras e fantasias dos filhos ou até mesmo das crianças do bairro, almoçava saboreando deliciosamente cada ingrediente do prato, acordava pela manhã e olhava para o céu azul – ou cinza – e sempre pensava em como poderia aproveitar o dia; viajava, descansava, curtia? Ou não tinha tempo para isso?

Infelizmente pesquisas comprovam que apenas uma grande minoria das pessoas sabe aproveitar a vida.  A maioria sempre está correndo atrás de algo que precisa conquistar, que precisa fazer, que precisa ver… E a probabilidade de você ter se colocado no grupo dos estressados é bem grande.  E olha que estamos falando disso tudo antes do diagnóstico.

Após meu convívio com os pacientes e também no contato com seus familiares, gostaria de plantar uma sementinha de um novo pensamento com esse texto de hoje: é bem contraditório o que vou colocar, mas não podemos deixar de dizer que muitas pessoas após passarem por uma experiência muito difícil como o Câncer, relatam e são avaliadas como muito melhores!

Sabe por que?

Simplesmente porque a doença faz com que a pessoa entre em contato com questões fundamentais para sua vida, mas que são deixadas de lado em função da correria cotidiana do trabalho, etc.

Quando adoecemos enfrentamos nossos maiores medos: a solidão, a proximidade da morte, a dependência do outro, a falta de controle, medo de sofrer e muitos outros.  E ao longo de todo o processo de tratamento nos deparamos com esses e outros inúmeros medos, e não há opção ou escolha, pois, para seguir em frente é necessário enfrenta-los.  E mais do que enfrenta-los, vamos superando a cada um, pouco a pouco.

Normalmente os pacientes passam a dar mais valor para as pequenas coisas, pois efetivamente são elas que fazem a diferença em nossas vidas.  Um abraço, alguém para lhe fazer companhia, segurar sua mão numa hora difícil, lhe preparar uma comida quentinha, dar uma carona, uma ligação num dia de desanimo, colocar sua música preferida para te relaxar… esses são realmente os verdadeiros prazeres que temos na vida.

E com a doença acabamos sendo obrigados a conviver mais com as pessoas que nos cercam; a depender delas e com isso nos tornamos mais tolerantes – claro que no início é um desespero, mas se melhorarmos de 2 para 4 numa escala de tolerância, já é um grande ganho.

Claro que é possível e necessário retomar as atividades, o trabalho, a convivência, os hobbies quando o paciente se sente melhor.  Mas uma coisa que não será a mesma é seu interior.

Certamente a pessoa se tornará muito diferente em relação a seus sentimentos, no relacionamento com os outros, e no respeito com sua própria vida!

E sinceramente, você gostaria de ser o mesmo de antes da doença?

Muitas pessoas agradecem pela oportunidade de ter vivido uma doença e assim terem aprendido a dar valor para algumas outras coisas que não viam, mas que estava ali em seu dia a dia.

Claro que não precisamos estar doentes para aproveitar a vida, então lhe convido a pensar:

Com ou sem diagnóstico.  Recentemente diagnosticado ou vivendo com sua doença há anos: VOCÊ TEM APROVEITADO A SUA VIDA?

como-lidar-com-a-morte-1080x401

Falar sobre perda é sempre muito difícil, pois a dor da perda é sempre imensa, e só pode ser mensurada por quem a está sentindo.  Mesmo que a gente saiba que todos estão ali ao lado para nos ajudar, perder alguém importante em nossas vidas é muito doloroso e por vezes insuportável… é como se estivéssemos tendo um pedaço arrancado, perdêssemos uma parte de nós mesmos.

Por que será que é tão difícil superar a perda de um ente querido?

E na verdade, estamos falando em perder exatamente o que?

Vamos refletir:

Quando convivemos com alguém, o que nós obtemos de gratificante sobre o relacionamento é a companhia da pessoa.  Ou seja, fazíamos coisas legais juntos, eu podia me abrir, confiar, me dava afeto, me fazia bem, etc.  Quando eu perco essa pessoa, não perco somente a figura amada, perco também estes outros prazeres.  Sinto que estou perdido por não saber em quem posso confiar.  Não consigo me abrir com outras pessoas.  Não me sinto tão confortável como com a pessoa que se foi.  São essas coisas que vão nos atrapalhar para lidar com a ausência de quem se foi.  Simplesmente porque no primeiro momento só conseguimos verificar que a pessoa se foi e com ela foi toda essa possibilidade de ser feliz.

Além desse sentimento de desamparo, ainda há a dúvida é: o que devo fazer agora, por onde começar?  Há uma burocracia a ser enfrentada; há os pertences da pessoa que faleceu – a casa, as roupas, os móveis…

O que fazer com tudo isso?

Em primeiro lugar é preciso que você se respeite.  Respeite o seu momento de dizer adeus.   Despeça-se de tudo o que desejar.  Se quiser, fique com uma lembrança, um objeto… e aos poucos, de acordo com o seu tempo, vá pensando em destinos para tudo isso.  Peça auxilio para amigos e parentes no ato de mexer nas coisas da pessoa falecida – esse momento é sempre difícil, pois você olhará para uma roupa e se lembrará do passeio que fizeram, do que viveram juntos quando a pessoa vestia aquela peça, e tudo isso faz parte do que chamamos de luto.  E o luto nada mais é do que a conscientização de que a pessoa realmente se foi.  E de que você permanece e, portanto, precisa dar seguimento para sua vida.

Permita-se ficar triste, chorar, relembrar, sofrer… esse é o momento da despedida e precisamos vive-lo.  Ninguém poderá vive-lo por nós, cada um terá o seu luto, cada um sentirá de seu jeito a dor da perda.

É muito comum pensamentos recorrentes de culpa, de arrependimento, de sofrimento por não ter dito algo que gostaria.  Para isso será importante compreender que nós todos fazemos aquilo que conseguimos em cada momento.  E no momento seguinte conseguimos olhar para trás e pensar: puxa vida, deveria ter feito X coisa.  Mas reparou que só conseguimos ver isso depois que passa?  É porque não estávamos prontos, maduros emocionalmente para ver a situação antes... então não alimente esses pensamentos.  Eles podem vir, mas se não forem alimentados, se você se propuser a buscar auxílio, a fazer coisas novas em vez de ficar sentado pensando nas mesmas coisas, certamente eles passarão.

E uma última situação é que, após começar a se sentir melhor, você precisa lembrar que sua vida continua.  Você tem outras pessoas que te amam, e que você ama também.   Você tem trabalho a fazer, tem sua vida para viver.

Vamos recordar o primeiro parágrafo da reflexão: 

Perdemos o sentido de fazer algumas coisas porque a pessoa que nos acompanhava não está mais aqui conosco.  Aqui são dois pontos fundamentais, que não podemos esquecer por nenhum segundo:

  1. A pessoa física se foi, mas ela só morrerá quando você a esquecer. Manter memorias, lembranças, fotos, recordações da pessoa amada é muito saudável pois ela fez parte de sua vida e você não deve apagar essa página.
  2. Para superar essa dor da perda será necessário construir novas relações com outras pessoas. Certamente haverá outras pessoas em quem você possa confiar, com quem você se sinta bem, que também te fazem feliz.

Mas espere!

Falamos em superar a dor da perda de um ente querido, em doar as coisas, em buscar novas pessoas e construir com elas relações harmoniosas e felizes de amizade, de afeto.

Mas não estamos falando para SUBSTITUIR a pessoa que se foi – ela é insubstituível.  Todos nós somos insubstituíveis.

Falamos sim em seguir em frente, em pensar que sua vida está aí para ser vivida, e certamente, aquela pessoa que o ama e que se foi, não gostaria de te ver entregando os pontos.  Afinal, quando amamos, sempre queremos ver a pessoa feliz!

Então, é hora de pensar em como você está enfrentando esse momento:
  1. Sente-se triste, mas já voltou ao trabalho.  As vezes se pega pensando e até chorando.  Mas na maioria do tempo consegue desempenhar suas atividades – é um bom indício… você está triste pela perda, mas está reagindo muito bem a ela.
  2. Você ainda não conseguiu voltar ao trabalho, não consegue se concentrar, não tem vontade de comer, não está dormindo bem mesmo após uma semana do falecimento; é importante consultar um psicólogo para que possam avaliar o que está acontecendo com você. Uma avaliação profissional irá lhe auxiliar a compreender os motivos pelos quais está tão difícil vivenciar esse momento que é intenso, mas que também deve ser passageiro.

Ter alguém para conversar sobre seus sentimentos, que possa lhe acolher, sem julgar, e também lhe ajudar a fazer análises sobre sua forma de lidar com sua perda é muito importante.

Cabe aqui ainda ressaltar que as crianças também vivenciam o luto – algumas enfrentam de forma mais adequada e outras não.  É mais difícil que as crianças consigam se expressar.  Portanto, precisamos ficar atentos aos sinais que normalmente se refletem na escola, seja em relação a desempenho, seja nos contatos sociais.  Uma conversa com os professores sempre é útil para avaliar se está tudo correndo bem.

Enfim, o ser humano tem grandes dificuldades em lidar com a dor da perda de qualquer coisa, principalmente superar a dor da perda de um ente querido.  Cada vez em que perdemos uma pessoa, a nossa finitude fica muito evidente.  E pensar que não poderemos mais viver com nossos filhos, trabalhar no que gostamos, comer aquela comidinha preferida, estar perto de quem amamos… o sentimento de que isso pode acabar nos traz grande angústia…

Tenho então uma última questão:  você realmente está aproveitando TODOS os momentos da sua vida AGORA?

NÃO?!

Então está na hora de rever e de mudar tudo isso – só depende de você!

E se precisar de ajuda, a terapia pode ser uma boa alternativa.

 

2 comentários em “Projeto 2017 Feliz!”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

×

Powered by WhatsApp Chat

× Agende seu horário