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A autoestima na mulher com câncer de mama.

Um dos maiores temores das mulheres que descobrem um Câncer de Mama, além do medo da morte, é a grande influência que esse diagnóstico tem em sua autoestima.  O medo de perder a mama e a queda dos cabelos são itens muito abordados por essas pacientes.  E você sabe por que?

Porque tudo o que aprendemos sobre nós mesmos está relacionado a nossa imagem, e qualquer possibilidade de ameaça ao que conhecemos sobre nós, nos deixa muito ansiosos.  Isso ocorre tanto para o homem quanto para a mulher, mas a cultura de cabelos longos, corpo esguio, seios protuberantes, pernas longas, corpo magro, etc etc torna a vida das mulheres uma grande batalha.  E imagina o que causa na cabeça de uma mulher quando se diz que uma doença pode causar prejuízos a essa imagem???

Agora, independente do diagnóstico, mulheres de todos os tipos, classes sociais, tipos de pele ou cabelo, copos, em sua grande maioria, tentam se encaixar nos padrões de beleza determinados pela sociedade.  Porque o que é dito pelo social é que somente a mulher que pertencer àqueles padrões da moda será uma pessoa bem-sucedida, admirada pela sociedade, e por consequência uma mulher feliz.

A autoestima como padrão imposto pela sociedade.

E você, já parou para pensar em como tem tentado se enquadrar nessas categorias?  Inclusive muito antes do diagnóstico de câncer de mama?  Pois são esses esforços que vão ditar como está sua autoestima.

Porque autoestima significa amor próprio, estimar a si mesma, e a depender de quando você deixa seu amor próprio ser ditado por essas regras sociais, é que você se sentira mais ou menos impactada pelos efeitos da queda de cabelos, ou de uma mudança no seu corpo advindas do tratamento para o câncer.

Mas aí você pode me questionar:  então o que faço?  Simplesmente esqueço o que as pessoas dizem e me visto como quero, deixo meu cabelo sem arrumar, não me importo com meu peso?

Calma!  Em primeiro lugar precisamos diferenciar duas coisas: uma coisa é fazer algo para se sentir bem com você; e outra coisa é ter que fazer algo para agradar “a sociedade”.  Eu te responderia: faça o que te faz feliz!  Mude o quanto quiser até se sentir bem com você mesma, mas não caia na cilada de se preocupar com o que os outros vão pensar se você preferir cortar o cabelo quando eles começarem a cair… ou se você optar por usar lenços em vez de perucas.

Tudo o que você fizer deve estar relacionado a se sentir feliz com você mesma.  É obvio que se você gosta muito do seu cabelo comprido, ficará triste em ter que cortá-lo, mas é preciso lembrar que é uma fase, e que seu cabelo crescerá.  E então enfrentar essa fase com otimismo e se utilizar de alternativas para se sentir bem e bonita.

Para isso a indústria de cosméticos, moda e acessórios tem nos ajudado muito!  Batons, cílios postiços, lenços, perucas, maquiagem, chapéus, sutiãs com preenchimento ou espaço para alocação de próteses… use tudo o que for possível, lembrando sempre de que sempre é bom consultar seu médico sobre as necessidades específicas de seu caso, verificar o tipo de produto adequado a sua pele, usar sempre protetor solar, e higienizar tudo para evitar contaminações.

O que realmente faz diferença.

Mas acima de tudo é importante entender que o que vale mesmo é como você se sente em relação a você mesma.  O quanto de diferença você sabe que faz na vida das pessoas – a estética é apenas um acessório do que você traz dentro de si, do seu amor próprio.

Não é raro pacientes descobrirem que podem se amar mais, podem se cuidar mais, seja no aspecto de estética, seja nos cuidados com alimentação, exercícios físicos, escolha de roupas e cores mais adequadas para seu corpo.  E só descobrem isso depois do diagnóstico.  É controverso, mas é tão bom pensar que há muito o que fazer para se sentir bem.

Pode ser uma oportunidade de grandes descobertas: e a principal é que você é muito mais do que uma classificação.  Ter ou não ter cabelo, com prótese mamária, cílios postiços, ou simplesmente não usar esses acessórios e mesmo assim se sentir bem.  Você é uma pessoa que está lutando pela vida, mas não queremos que seja só para sobreviver ao câncer, mas sim para SER FELIZ apesar do câncer.

E isso é possível… olhe para os lados, veja como tantas mulheres conseguiram superar essas mesmas dificuldades.  Você também consegue.  Se estiver difícil, busque auxílio de um psicólogo, um grupo de apoio, e tudo se tornará mais fácil – você não precisa trilhar esse caminho sozinha.  Mas é inevitável que você o trilhe!

E você pode escolher – prefere mais pedras ou mais flores?  Então é só lembrar o que precisa plantar.

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