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Delivery amoroso: você já caiu nessa?

Delivery amoroso: você já caiu nessa? Você procura um novo amor? Está cansada de repetir os mesmos erros? Se você não aguenta mais conhecer gente que não a faz feliz, preste atenção na história dessa moça. E aprenda com ela! Bonita, 29 anos, MBA concluído e salário pra ninguém botar defeito. Solteira. O status de relacionamento tinha que vir separado do restante da sua identidade porque, para ela, invalidava toda e qualquer qualidade de uma mulher solteira que se aproximava dos 30. Cansada das baladas, ouviu de uma amiga que o novo jeito de conhecer rapazes era por meio do Tinder. E assim foi: muito X, pouco coração, muito X, pouco coração e… pronto! Alguém para conversar!

Quatro caras, na verdade. Um esquisito, outro com jeitão de psicopata, um terceiro que escreve errado demais, porém o último salvou a pátria. Duas dúzias de perguntas depois, encontro marcado! Banho caprichado. Cabelo escovado. Maquiagem discreta e perfume marcante. Vestido quase comportado. Salto poderoso e rua! Carro despachado na porta do bar. Coração na boca: lá está ele! Nada mal o rapaz nos quesitos estética e cultura. Após três horas de conversa que se passaram voando, ela vai para a casa dela; ele, para a dele. No dia seguinte, chega whatsapp do rapaz marcando um encontro. Pizza na casa dele. Isso mesmo, pizza, a velha pizza de sempre. Banho caprichado. Cabelo escovado… A porta se abre e lá está o príncipe novamente.

Da pizza mal ela sentiu o cheiro. E não sentiu falta nenhuma, de tão bom que foi o encontro. No dia seguinte, ela manda whatsapp, se arruma conforme o ritual e vai! Três dias depois, de novo! Na outra semana, o mesmo!

Apaixonada!!! Então se jogou de cabeça. Dias depois… whatsapp, sem resposta; facebook, sem resposta. Inconformada, ligou. Diz ele que ela era bonita, divertida, mas ele não sabia porquê não havia se empolgado, por isso poderiam ser amigos. Chorou. Muito mesmo. Voltou pro Tinder. Voltou pra balada. O status? Inalterado.

Ela perdeu. O triste nem é a perda e, sim, o sentimento produzido pelo histórico de desencontros. Mais um fracasso! E mais um. E outro. Mas você pode aprender com o erro dela. Ou não, afinal, você leitora nunca seria personagem de uma história triste como essa, certo?

Brincadeiras à parte, poderíamos passar horas e mais horas a descrever possíveis fatores que levaram o rapaz a não desejar um relacionamento sério com a moça do exemplo. Porém, vale à pena analisar o desfecho sob a ótica do sentimento de amor segundo a perspectiva de Skinner (importante figura no campo da Psicologia – Análise do Comportamento). Em sua obra Walden II, o autor relaciona amor ao uso de reforçamento positivo, o que significa que esse sentimento se desenvolve em relações em que o carinho e o cuidado pelo outro são fortalecidos. E, para que haja o fortalecimento, o indivíduo tem que encontrar espaço para se comportar e ter tais padrões de comportamento aprimorados, bem como ser exposto às sensações de bem-estar que acompanham o fenômeno. No exemplo em questão, a moça não deixou o rapaz de comportar: ela procurou, ela se arrumou, ela foi, ela fez. Ela amou, se sentiu bem. Ele não fez quase nada, portanto, não sentiu nada em especial e pouco veio a ter a oferecer. Um verdadeiro delivery amoroso, onde a moça oferece o prato completo – cozinha, embala e entrega – ao toque de uma mensagem no celular. Que fique claro que o problema não é de ordem moral, mas de funcionamento do organismo.

O ser humano não se apega se não há engajamento. Assim, ela poderia continuar a se relacionar com o rapaz e a relação progredir, mas isso teria mais chance de ocorrer se ele também se arrumasse, pegasse o carro dele e fosse até a casa dela às vezes. E, com o tempo, propusesse outros programas para o casal. Moral da história: sem que o indivíduo se comporte pelo sucesso da relação, não há amor. Portanto, leitora, faça a sua parte e, principalmente, deixe que o candidato ao seu coração faça a parte dele. Você vai conseguir!

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