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É possível voltar de onde você parou, antes de descobrir o câncer?

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A vida seguia normalmente –  do trabalho para casa, de casa para o trabalho, família, amigos, pouco tempo para curtir os prazeres, muito stress, cansaço, algumas dores… até que chegou o diagnóstico do câncer e parece que tudo na vida parou.   Foi um choque!  O filme da vida passando em segundos na cabeça, os medos, a tristeza de não poder mais curtir com a família os sábados de sol, a vazio de pensar que não poderia mais acompanhar os filhos com a lição de casa, o sofrimento em pensar que não estaria mais ao lado da pessoa amada e… vamos parar um pouquinho esse filme para uma pergunta:

VOCÊ REALMENTE APROVEITAVA SUA VIDA ANTES DE TER O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER?

Realmente curtia os sábados de sol, ligava para os pais ou parentes para visita-los, entrava nas brincadeiras e fantasias dos filhos ou até mesmo das crianças do bairro, almoçava saboreando deliciosamente cada ingrediente do prato, acordava pela manhã e olhava para o céu azul – ou cinza – e sempre pensava em como poderia aproveitar o dia; viajava, descansava, curtia? Ou não tinha tempo para isso?

Infelizmente pesquisas comprovam que apenas uma grande minoria das pessoas sabe aproveitar a vida.  A maioria sempre está correndo atrás de algo que precisa conquistar, que precisa fazer, que precisa ver… E a probabilidade de você ter se colocado no grupo dos estressados é bem grande.  E olha que estamos falando disso tudo antes do diagnóstico.

Após meu convívio com os pacientes e também no contato com seus familiares, gostaria de plantar uma sementinha de um novo pensamento com esse texto de hoje: é bem contraditório o que vou colocar, mas não podemos deixar de dizer que muitas pessoas após passarem por uma experiência muito difícil como o Câncer, relatam e são avaliadas como muito melhores!

Sabe por que?

Simplesmente porque a doença faz com que a pessoa entre em contato com questões fundamentais para sua vida, mas que são deixadas de lado em função da correria cotidiana do trabalho, etc.

Quando adoecemos enfrentamos nossos maiores medos: a solidão, a proximidade da morte, a dependência do outro, a falta de controle, medo de sofrer e muitos outros.  E ao longo de todo o processo de tratamento nos deparamos com esses e outros inúmeros medos, e não há opção ou escolha, pois, para seguir em frente é necessário enfrenta-los.  E mais do que enfrenta-los, vamos superando a cada um, pouco a pouco.

Normalmente os pacientes passam a dar mais valor para as pequenas coisas, pois efetivamente são elas que fazem a diferença em nossas vidas.  Um abraço, alguém para lhe fazer companhia, segurar sua mão numa hora difícil, lhe preparar uma comida quentinha, dar uma carona, uma ligação num dia de desanimo, colocar sua música preferida para te relaxar… esses são realmente os verdadeiros prazeres que temos na vida.

E com a doença acabamos sendo obrigados a conviver mais com as pessoas que nos cercam; a depender delas e com isso nos tornamos mais tolerantes – claro que no início é um desespero, mas se melhorarmos de 2 para 4 numa escala de tolerância, já é um grande ganho.

Claro que é possível e necessário retomar as atividades, o trabalho, a convivência, os hobbies quando o paciente se sente melhor.  Mas uma coisa que não será a mesma é seu interior.

Certamente a pessoa se tornará muito diferente em relação a seus sentimentos, no relacionamento com os outros, e no respeito com sua própria vida!

E sinceramente, você gostaria de ser o mesmo de antes da doença?

Muitas pessoas agradecem pela oportunidade de ter vivido uma doença e assim terem aprendido a dar valor para algumas outras coisas que não viam, mas que estava ali em seu dia a dia.

Claro que não precisamos estar doentes para aproveitar a vida, então lhe convido a pensar:

Com ou sem diagnóstico.  Recentemente diagnosticado ou vivendo com sua doença há anos: VOCÊ TEM APROVEITADO A SUA VIDA?

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